Poliana estava enlouquecida com quatro bebês e um adolescente rebelde para criar, além de estar sentindo enjôos matinais. Gregório e Fabiano estavam cada vez mais próximos, conversando muito entre si, coisas que só os bebês podem entender. Já Celso e Catiana estavam se esforçando para finalmente virarem crianças e Pedro, para conseguir tirar nota 10, virar adulto e sair de casa.


Por algumas horinhas, Poliana conseguiu coordenar o sono de todos os bebês e pôde comer uma salada tranquilamente. Ela estava pensando em reformar a casa novamente, agora que os livros estavam vendendo bastante e ela tinha algum dinheiro no banco para uma mesa nova com cadeiras mais confortáveis e que não ocupassem tanto espaço.


Sem pensar duas vezes, Poli correu para realizar sua reforma. Mudou toda a cozinha de lugar, colocou mais algumas janelas na sala e ganhou espaço de circulação ao vender a mesa redonda e colocar uma mesa retangular encostada na parede. Agora, precisava economizar para comprar uma televisão maior e mais moderna e melhorar a geladeira e o fogão.


Celso e Catiana, os bebês belíssimos demoraram um pouco, mas conseguiram crescer a tempo de ir à escola no dia seguinte. Os dois escolheram o mesmo corte de cabelo com tranças para confundir Poliana toda vez que estivessem de costas. Mesmo assim, a mãe achou fofo e deixou que os dois continuassem iguais. Agora, além de belos, as crianças eram bastante estilosas.


Esta gravidez foi especialmente difícil para Poliana. Depois das três falhas seguidas para conceber, todo o cansaço acumulado de ter que criar quatro bebês ao mesmo tempo a fez desmaiar inúmeras vezes pela casa. Ela também sabia que o Natal estava se aproximando e teria que enfrentar mais uma ceia e agora todas as crianças estavam esperando o Papai Inverno trazendo os presentes.


Na manhã de Natal, Celso e Catiana acordaram cedo e foram decorar o pinheiro, que ficou fora de casa por motivos de falta de espaço. Pedro colocou as decorações nos beirais e no telhado. A primeira neve do ano caiu e tudo estava no clima do feriado.


Poliana acordou mais tarde e fez um peru de tofu - algumas crianças eram vegetarianas - e algumas crianças foram comer, outras preferiram ficar jogando. Poli não se importava muito e deixou que curtissem o feriado como quisessem.


Depois da ceia, Poli colocou vários presentes embaixo da árvore e foi tirar um cochilo, pois iriam abri-los juntos quando o Papai Inverno chegasse mais tarde. Algumas crianças resolveram dormir, outras estavam brincando no banheiro, ou desenvolvendo habilidades.


No meio do cochilo, Poliana começou a sentir as dores do parto. Será que ela conseguiria ter o bebê no hospital e voltar a tempo de abrir os presentes com o Papai Inverno? Ela faria de tudo para isso, mas não prometeu nada às crianças. Deixou Pedro responsável por todos e partiu sozinha para o hospital para ter os bebês de Johnny.


Lá ela encontrou um novo médico responsável pelos partos, doutor Afu. O médico rude com quem Poliana havia tentado ter filhos sem sucesso estava perto de se aposentar e preferiu treinar o residente que ficaria em seu lugar. Foi um encontro bem esquisito, mas Poli tirou de letra, pois era uma fofa.


Na volta, Poli encontrou mais um homem plantado na frente da sua casa para conhece-la. Seu nome era Eric e estava com frio de tanto esperar pela famosa matriarca. Poliana jogou todo o seu charme e conseguiu que ele ficasse para aproveitar o finzinho do feriado de Natal.


Mal sabia ela que o caos estava instaurado na casa Uauba no meio do nada. Eric pegou um prato de peru de tofu e Poliana saiu correndo para resolver as coisas. Um bebê perambulava pela casa, uma criança dormia no sofá e, pelos cabelos, ela nem sabia se era Celso ou Catiana. Os recém-nascidos Condor e Eliana já berravam pedindo para mamar e trocar a fralda. Pedro até que tentou ajudar, mas acabou atrapalhando ficando na frente de Poliana que corria para alimentar os filhos antes que fossem levados pela assistente social. Todos estavam tristes porque Poliana tinha demorado muito no hospital e perdeu o Papai Inverno e os presentes ficaram fechados na árvore. E agora, será que ela vai conseguir restaurar a paz na família?

1 Comentários

  1. Muito legal a história e a forma que você desenvolveu.

    Bom fim de semana!

    Jovem Jornalista
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    Até mais, Emerson Garcia

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