Eu mesma, antes da pandemia.

Primeiramente, este não é um post filosófico. É luz mesmo, a energia que vem da lâmpada, da tomada e tal. Quinta-feira passada a energia acabou aqui no bairro mais ou menos às 13h da tarde e só voltou de madrugada. Eu estava sozinha com os cachorros e o consagrado só chegou umas 20h. Tinha duas aulas marcadas com minhas alunas e precisei cancelar. Tentei tirar um cochilo no meio da tarde, mas o sono só durou até os mosquitos chegarem cantando no meu ouvido ou me mordendo querendo passar zika ou dengue. Desisti. Meus cachorros bem confusos por eu não estar fazendo as coisas que normalmente faço durante o dia. De vez em quando o 3G funcionava e chegava alguma mensagem. Minha sorte foi estar com o computador 100% carregado e a bateria dele ainda durar bastante. Consegui carregar o celular pelo usb e vi o resto de um filme que estava salvo na nuvem.

Antes de escurecer, ainda tive tempo de passar um café e comer um lanche. Também reguei minhas plantas. E depois disso eu não tinha muito o que fazer mesmo. Lembrei que tinha um livro salvo no kindle e fui estudar um pouco pra ver se conseguia uns assuntos pra postar no meu blog profissional. Forcei um pouco minha vista escrevendo no meu caderno apenas com a luz da tela e de umas duas velas que acendi. - Porque ainda tem esse detalhe: temos duas luzes de emergência aqui, mas elas estavam sem pilha, obviamente. - Pelo menos eu tinha tido a ideia de comprar pacotes de velas e fósforos numa ida ao supermercado e por isso agradeço ao meu eu do passado.

Quando o consagrado finalmente chegou, eu já tinha feito várias coisas: lanche, plantas, estudo, filme. E não tinha mais o que fazer. Ele descobriu com o porteiro que a causa da queda de energia tinha sido uma árvore que caiu num poste aqui na rua e tava uma danação pra consertar. Foi a segunda ou terceira queda deste tipo só neste mês aqui. Eu estava completamente sem sono ainda e descobri perdido nos arquivos um filme de 1:30h e consegui ver até o final sem que a bateria do computador acabasse.

Conversando com o consagrado, ficamos imaginando o que as pessoas faziam quando ainda não tinha energia elétrica (risos). Achamos que deve ter sido neste tédio que muitos lanches novos foram inventados. "E se a gente partir esse troço no meio e assar, será que fica bom?" e aí, pronto, inventaram, sei lá, carne de jaca. Mas também muita gente deve ter morrido ou se machucado por causa disso. Assim como outros deve ter desperdiçado o próprio tempo pensando no que os outros estavam fazendo sem fazer realmente nada eles mesmos.

Bom, este post já ficou muito longo e bobo e eu queria dizer que já deixei dois filmes baixados na nuvem. Já que estamos em mês de chuva e outras árvores podem resolver cair nos postes novamente. Porém, ainda não compramos as pilhas para a lanterna e só sobraram 3 velas no pacote, mas ainda tem fósforo.

Eu mesma, no dia 450 da pandemia.

1 Comentários

  1. Não achei bobo. Achei seu post muito divertido e interessante. Vida real, a gente vê aqui.

    Boa semana!

    Jovem Jornalista
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    Até mais, Emerson Garcia

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