Dia desses parei pra pensar na profissão ideal para mim.
Nos tempos de escola, sempre tive os cadernos organizados, copiava cada palavra dos professores e ainda ilustrava. Na faculdade, passei a escanear meu caderno e disponibilizar para download na internet porque a quantidade de gente atrás para tirar xerox estava impossível de lidar. O ápice desta história foi quando estava indo para a faculdade de ônibus, sentada naquelas cadeiras mais altas e vi, com o menino sentado na frente, umas folhas familiares. O rapaz sentiu meus olhares pelas costas e resolveu sentar ao meu lado, crente que eu estava interessada. Quando ele sentou, eu disse "você está lendo o meu caderno", para o mais absoluto espanto da criatura. "Ah, então você que é Uaba?" (neste tempo já tinha um bom senso de direitos autorais e escrevia meu nome em cada página). Daí engatamos uma conversa infinita, falando de tudo e de todos. Uma pena que acabei o curso e a amizade, mas a vida continua. Meus colegas, na colação de grau de arquitetura (curso abandonado por mim), mencionaram meu caderno.
Depois de refletir e lembrar de muitas histórias, encontrei a profissão ideal para mim: escrivã de cadernos. Seria perfeito! Os alunos dos mais variados cursos poderiam me pagar para eu ficar sentadinha numa cadeira, apenas copiando e anotando tudo o que o professor dissesse (não vale copiar powerpoint, claro). Este material, então seria transformado em uma apostila, ou digitalizado. Imagine só, que maravilha!
É, eu sei, essa ideia só é mesmo maravilhosa na minha cabeça. Ou você pagaria alguém para escrever seus cadernos?

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