Uma das maiores conquistas da infância é aprender a andar de bicicleta. Primeiro, você deseja ter uma, mas tem que ser com rodinhas porque você não sabe andar. No Natal mais próximo, você manda a cartinha pro Papai Noel e pede o presente. Quando vê aquele pacotão ao lado da cama, não acredita e corre pra desembrulhar e, assim, no dia 25 de dezembro, temos o mais novo bicicleteiro da cidade - ou aprendiz de.

Seus pais o acompanham nas primeiras voltas embaixo do prédio. As rodinhas ainda estão firmes e fortes após as pedaladas iniciais. A emoção é grande, porém, o tédio chega rápido e a rodinha esquerda vai embora. As pedaladas começam a ficar tronxas, pendendo para um lado, mas você se ajeita e segue em frente. Dias mais tarde, é a vez de tirar o último empecilho entre você e a emoção maior de andar solto, sozinho, livre.

Chega o dia em que você resolve tirar o último parafuso. Seus pais, claro, estão lá para ver e ajudar no caso de uma provável queda. Ele tira a rodinha, você sobe na bicicleta, dá a primeira pedalada com ele ainda segurando no selim. Ele dá um empurrão de incentivo, e você pedala mais algumas vezes, até que a mão larga, sem você perceber e aí um mundo novo surge à sua frente. E, também, um monte de terra, que você não vê, bate, se desequilibra e cai. Seus pais correm para ajudá-lo. Porém, cicatriz no joelho vai marcar para sempre aquele dia de fortes emoções.

Com sucesso, ou não, todo mundo sempre lembra da vez em que tirou as rodinhas da primeira bicicleta. É um momento mágico.

1 Comentários

  1. Quando eu aprendi a andar de bicicleta, resolvi descer um morro em formato de U. Já imaginou o resultado, né?

    Fui pro hospital e fiquei uma semana de cama. Inesquecível! Hahaha!

    Beijos.

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